Lá no bar, rapaz triste ninguém o via
Pobre moço chorava, recusava companhia
Por um amor talvez passado, que a alma lhe entristecia
E assim, em pranto ele se ria.
Ria ria o louco, felicidade que sabe a pouco
Alegria do momento, não desejada nem a outro
Energias libertadas, num universo que não está pronto
E assim, o rapaz ficava louco.
Passa e deixa apenas passar
Sentimentos que não deixam olhar
Melodias que estão, e hão-de se expressar.
Oh e hão-de se expressar.
Lá na baía, menina de cabelo aos ventos
Vives, sentes dissabores trazidos com os tempos
Passos do crescimento, embora ainda lentos,
A vida sente-se, vivida em contratempo.
Deixas e deixa-se o mundo cair
No vazio daquilo que é o viver
Sabemos muito sobre o que temos, temos ainda a aprender.
Passa e deixa apenas passar
Sentimentos que não deixam olhar
Melodias que estão, e hão-de se expressar.
Oh e hão, hão-de se expressar.
É em vão, juro ser em vão
É em vão, juro ser em vão
Atenta, digo e juro, juro ser em vão.